Manaus (AM) – O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), comemorou nesta terça-feira (16) o anúncio feito pela ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, sobre um plano que viabiliza a repavimentação da BR-319, rodovia que liga Manaus a Porto Velho. Em publicação nas redes sociais, Wilson afirmou que a demanda histórica da população amazonense está sendo atendida.
“Nossa demanda foi atendida e o clamor do povo do Amazonas está sendo ouvido. Finalmente, temos um plano que possibilita a repavimentação da BR-319”, disse o governador.
Para Wilson Lima, o projeto representa um passo importante para reduzir o isolamento do Amazonas em relação ao restante do país. “Depois de décadas, foi dado um passo importante para acabar com o isolamento, provando que desenvolvimento e preservação podem caminhar juntos em benefício de todos”, declarou.
O governador afirmou ainda que o Estado está à disposição para garantir as condições necessárias para que o projeto saia do papel. A repavimentação da BR-319 é uma das principais pautas políticas e logísticas da região Norte, mas enfrenta impasses ambientais há anos.

Coordenação em duas frentes
A iniciativa reunirá o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e o Ministério dos Transportes, sob coordenação geral da Casa Civil da Presidência da República. A execução ficará a cargo do Ministério do Meio Ambiente e atuará em duas frentes principais: a primeira será a realização de uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) em toda a área de influência da rodovia. O objetivo é assegurar que as decisões sobre a repavimentação sejam baseadas em estudos técnicos, respeitando os limites ambientais e evitando impactos negativos na Amazônia, como alterações no regime de chuvas, fortemente influenciado pelas florestas da região.
A segunda frente prevê a criação de um modelo de governança para a área de abrangência da estrada, que inclui uma faixa de 100 quilômetros — 50 quilômetros de cada lado da BR-319. Essa região cobre cerca de 42 milhões de hectares, englobando terras indígenas, unidades de conservação e áreas ainda sem destinação definida. A governança pretende garantir que o projeto de repavimentação concilie desenvolvimento econômico, logística e preservação ambiental, uma das principais preocupações apontadas por ambientalistas e pesquisadores ao longo dos anos.
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