Brasil – Um grupo de parlamentares protagonizou uma ocupação nesta quarta-feira (6) no plenário da Câmara dos Deputados, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Diante do impasse, a Polícia Legislativa reforçou a segurança na entrada do plenário e limitou o acesso à Casa.
A movimentação começou com ações coordenadas de deputados da oposição, que ocupam a mesa diretora desde a noite anterior. Eles exigem anistia a condenados por atos golpistas e ao próprio Bolsonaro, além do impeachment do ministro Alexandre de Moraes (STF) e o fim do foro privilegiado.
A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) chegou a levar o filho pequeno para dentro do plenário e publicou um vídeo nas redes sociais com a criança sentada na cadeira do presidente da Câmara. “Estamos aqui, não vamos sair”, afirmou ela.
Diante da tentativa de obstrução, o presidente em exercício da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), advertiu que deputados envolvidos podem ter os mandatos suspensos por até seis meses. Uma sessão extraordinária foi convocada para as 20h30 desta quarta-feira, com o apoio de líderes de 17 partidos.
A reunião que definiu os próximos passos foi realizada na residência oficial da presidência da Câmara. Estavam presentes representantes de partidos de diferentes espectros políticos, incluindo PT, PL, PSD, Republicanos, PSOL, MDB, PSDB, União Brasil, entre outros.
Enquanto isso, os bolsonaristas seguem acampados no plenário e revezam turnos inclusive na madrugada. A base governista avalia as medidas como uma tentativa explícita de tumultuar os trabalhos legislativos e pressionar por uma anistia que ainda não foi colocada em pauta.
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