Parlamento de Portugal aprova lei que endurece regras para imigrantes no País

Parlamento de Portugal aprova lei que endurece regras para imigrantes no País

Lisboa (Portugal) – O Parlamento de Portugal aprovou na última terça-feira (30) um pacote de alterações à Lei de Estrangeiros que representa um significativo endurecimento da política migratória do país.

A nova legislação, batizada de “lei anti-imigração”, tem impacto direto na comunidade brasileira, que, com mais de 510 mil pessoas, é a maior colônia de estrangeiros em Portugal.

Principais mudanças

O texto aprovado introduz uma série de barreiras para a imigração legal, desfazendo políticas que antes facilitavam a entrada e permanência em Portugal. Entre as principais mudanças estão:

  • Fim da conversão de visto de turista para residência: Não será mais possível entrar em Portugal como turista e, posteriormente, solicitar autorização de residência. Agora, a solicitação só poderá ser feita com um visto prévio e adequado, obtido ainda no país de origem.
  • Restrição ao visto para procura de emprego: Os vistos temporários para busca de emprego, antes muito procurados por brasileiros, ficarão restritos a profissionais considerados altamente qualificados pelo governo português.
  • Reagrupamento familiar mais rigoroso: O imigrante precisará comprovar pelo menos dois anos de residência legal em Portugal para poder solicitar que sua família se junte a ele. Além disso, os familiares terão que pedir a autorização de residência em seus países de origem, não mais em solo português.

Criação de “polícia para imigrantes”

Protesto em frente ao Parlamento Português – (Foto: Reprodução)

Outro ponto polêmico do pacote é a criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras, uma força policial dedicada especificamente ao controle migratório, fiscalização de imigrantes em situação irregular e execução de deportações.

A unidade, que já está em fase de implementação, contará inicialmente com 1.200 agentes.

A tramitação acelerada do projeto, aprovado em apenas 16 dias úteis, geraram fortes reações. Durante a votação, dezenas de imigrantes e ativistas vestidos de preto fizeram um protesto silencioso em frente ao Parlamento.

Agora, o projeto segue para apreciação do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que tem um prazo de oito dias para promulgá-lo ou vetá-lo.

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