Brasília (DF) – A partir de agora, o Cadastro de Pessoa Física (CPF) passa a ser o identificador único do cidadão no Sistema Único de Saúde (SUS), substituindo o antigo número do Cartão Nacional de Saúde (CNS). A medida foi adotada na última terça-feira (16), pelo Ministério da Saúde.
A mudança representa um marco na modernização do cadastro de usuários do SUS e integra um amplo processo de limpeza da base de dados.
A iniciativa, que consolida um esforço iniciado em 2023, e visa combater fraudes, duplicidades e inconsistências, além de integrar e melhorar o planejamento das políticas públicas de saúde.
A previsão é que 111 milhões de cadastros obsoletos ou irregulares sejam inativados até abril de 2026. Um trabalho já avançado: desde julho, 54 milhões de registros sem CPF vinculado foram suspensos.
Funcionamento da Medida
Dessa forma, O novo Cartão Nacional de Saúde deixará de exibir o antigo número de identificação e passará a trazer de forma destacada o nome, CPF, sexo e data de nascimento do usuário.
O documento, que estará disponível prioritariamente em formato digital no aplicativo Meu SUS Digital, disponível para IOS e Android não precisa ser impresso.
Vantagens
Na prática, a mudança simplifica a vida do usuário, que precisará decorar e fornecer apenas o CPF para acessar os serviços de saúde.
Uma mãe, por exemplo, poderá utilizar apenas o CPF do filho para vaciná-lo e terá todo o histórico de imunização disponível na Caderneta Digital da Criança.
“Estamos dando um passo decisivo rumo a uma revolução tecnológica no SUS. Essa é uma mudança estrutural, que prepara o presente e o futuro do SUS, fazendo do nosso sistema uma referência ainda maior para o mundo”, afirmou o ministro da saúde Alexandre Padilha.
Integração e Futuro
Todos os sistemas de informação do SUS, como a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), serão readequados para utilizar o CPF como chave única.
O prazo para conclusão dessa adaptação, que será feita em conjunto com estados e municípios, é dezembro de 2026.
Além disso, o cadastro do SUS (CADSUS) será integrado à Infraestrutura Nacional de Dados (IND), coordenada pelo MGI.
Isso permitirá o cruzamento seguro de informações com bases de outros órgãos, como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Cadastro Único (CadÚnico), melhorando o monitoramento e o combate a desperdícios.
“A saúde é um exemplo de integração federativa. A decisão de adotar o CPF como identificador único fortalece a cidadania, oferecendo mais segurança e confiabilidade. Estamos preparando um Estado digital, inclusivo e eficiente”, destacou a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos do Brasil, Esther Dweck.
Com informações da Agência Brasil*
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