Brasil– A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro divulgou neste sábado (12) uma carta pública direcionada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual critica a postura do governo diante da recente crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O pronunciamento foi feito durante um evento em Rio Branco, no Acre, onde Michelle participou de uma agenda voltada à pauta feminina.
O estopim da tensão internacional foi a decisão do presidente norte-americano Donald Trump, que anunciou na última semana a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA. A medida foi considerada uma retaliação dentro do novo pacote econômico anunciado por Trump, batizado de One Big Beautiful Bill.
Na carta, Michelle afirma que o governo Lula deveria agir com mais firmeza frente ao que classificou como “um ataque direto à soberania econômica do Brasil”.
“Senhor presidente, não é hora de discursos genéricos nem de diplomacia morna. O povo brasileiro, especialmente nossos produtores, exige respeito. É inadmissível que o Brasil seja penalizado sem reação à altura”, escreveu Michelle.
🚨URGENTE – Michelle Bolsonaro pede para Lula parar com as perseguições e diz que é hora de hastear a bandeira da paz
“Não queira imitar Cuba e Venezuela (…) É hora de baixa as armas da provocação, cessar os tambores de ofensas e hastear as bandeira do diálogo e da paz” pic.twitter.com/frpFfelDu7
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) July 12, 2025
Defesa do agronegócio e crítica ao “silêncio oficial”
Durante seu discurso no evento, Michelle destacou o impacto da nova tarifa sobre o agronegócio nacional e cobrou que o Planalto defenda os interesses dos exportadores brasileiros.
“Estamos falando de milhares de empregos, de renda para as famílias brasileiras, de um setor que sustenta a economia do país. E o governo federal assiste calado?”, questionou.
A carta, lida em público por Michelle, foi compartilhada em suas redes sociais logo após o evento e teve grande repercussão entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Michelle, no entanto, encerrou sua carta sugerindo uma postura mais combativa:
“Presidente Lula, ou o senhor defende o Brasil de forma clara e direta, ou perderá o pouco respeito que ainda lhe resta no cenário internacional.”
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