Manacapuru (AM) – Durante gestões consecutivas de prefeitos do MDB, dez obras de creches, escolas e quadras esportivas em Manacapuru pactuadas com o governo federal entre 2011 e 2012 ficaram inacabadas ou foram canceladas, deixando comunidades sem acesso à estrutura prometida para a educação. Os empreendimentos, que deveriam ampliar a rede municipal de ensino e oferecer espaços adequados para atividades esportivas, nunca foram concluídos.
Os contratos, firmados com dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) nas administrações de Edson Bessa e Régis, ambos do então PMDB (atual MDB), envolveram empresas como Fort Service Construções Ltda, Millennium Empreendimentos Ltda, Esfinge Construção Civil Ltda e A. Cavalcante Leite. Mais de uma década depois, nenhuma das unidades pactuadas foi entregue, e parte dos projetos foi oficialmente cancelada. Atualmente, a prefeitura é comandada por Valciléia Flores, também do MDB, que herdou o passivo dessas obras paralisadas.
Obras paralisadas em Manacapuru
25397 – Creche/Pré-escola PAC 2 – Biribiri
Com 45,81% de execução, a unidade localizada na Rua Joana D’Angelo, no bairro Biribiri, segue inacabada. A obra, com dispensa de licitação, teve início em 2012, com valor pactuado de R$ 943,8 mil, durante a gestão do então prefeito Edson Bessa (MDB). Até agora, 65% desse montante foi pago, porém, a construção foi cancelada.


25398 – Creche/Pré-escola PAC 2 – Bairro da Correnteza
Também na gestão de Edson Bessa, a creche e pré-escola, localizada na Rua da Correnteza, teve o termo assinado em 2012 e chegou a 54,47% de execução física. O valor previsto é de R$ 1,08 milhão, dos quais 75% já foram pagos. Ainda assim, a construção está paralisada. FORT SERVICE CONSTRUCOES LTDA com dispensa de licitação



25400 – Creche/Pré-escola PAC 2 MCMV 002 – Aparecida
A creche situada na Rua União, bairro Aparecida, é a mais avançada entre as listadas, com 81,01% concluídos. A obra tem valor de R$ 1,45 milhão, e o total já foi pago. Mesmo assim, permanece inacabada. MILLENNIUM EMPREENDIMENTOS LTDA co dispensa de licitação


25401 – Creche/Pré-escola PAC 2 MCMV 001 – Novo Manacá
Na Rua Boulevard Pedro Rates, bairro Novo Manacá, a construção parou ainda no início, com apenas 3,63% de execução. O valor pactuado era de R$ 726 mil. Metade desse montante já foi repassado. FORT SERVICE CONSTRUCOES LTDA, com dispensa de licitação.


25402 – Creche/Pré-escola PAC 2 – Bairro São Francisco
Na Rua Duque de Caxias, bairro São Francisco, outra unidade segue inacabada desde 2012, com 43,42% de execução. O valor pactuado foi de R$ 943 mil, e 65% já foram pagos. Empresa FORT SERVICE CONSTRUCOES LTDA, com dispensa de licitação.


20211 – Creche Tipo B – Terra Preta
A unidade na Avenida Pedro Moura, bairro Terra Preta, teve apenas 27,57% das obras realizadas. Iniciada em 2011, a creche previa investimento de R$ 658 mil. Já foi paga metade do valor total. A empresa contratada sob tomada de preço foi ESFINGE CONSTRUCAO CIVIL LTDA.


1009927 – Escola do Lago do Calado – Zona Rural
Com 30,27% de execução física, a escola na zona rural de Manacapuru permanece inacabada, apesar da conclusão da parte técnica. O investimento previsto era de R$ 235 mil, dos quais 25% foram pagos, mas a obra foi paralisada e depois cancelada. A obra foi pactuada por meio de licitação com empresa A. CAVALCANTE LEITE.



Quadras poliesportivas inacabadas há mais de uma década
Além de escolas e creches, Amaturá também acumula obras paradas de quadras poliesportivas, todas com contratos firmados ainda em 2011 e que, mais de uma década depois, seguem sem conclusão. Os projetos estão oficialmente paralisados, com os termos técnicos encerrados e sem previsão de retomada.
Rua Waldemar Ventura (bairro São José) 18048
A obra da quadra poliesportiva localizada na Rua Waldemar Ventura, no bairro São José, teve apenas 25,2% de execução, mesmo após o pagamento de metade dos R$ 244 mil previstos no contrato. A estrutura está abandonada e sem qualquer avanço nos últimos anos.


Rua Iacoatiara (bairro União) 18049
Na Rua Iacoatiara, no bairro União, a situação é semelhante. Apenas 28% da quadra foi construída, e desde então os trabalhos foram interrompidos. Assim como nos outros casos, o projeto foi tecnicamente encerrado, sem conclusão nem justificativas divulgadas pela Prefeitura.


Estrada da Correnteza (bairro Correnteza) 18165
Já na Estrada da Correnteza, no bairro de mesmo nome, o cenário é ainda mais crítico. A execução da quadra poliesportiva chegou a apenas 10%, tornando-se um dos casos mais graves de abandono de obra no município. O local não tem qualquer estrutura funcional e o investimento público permanece sem retorno.


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