EUA e China chegam a acordo preliminar sobre os próximos passos da plataforma

EUA e China chegam a acordo preliminar sobre os próximos passos da plataforma

Mundo – Os Estados Unidos da América e a China chegaram a um acordo preliminar para manter o TikTok em funcionamento no país, informou nesta segunda-feira (15) o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent.

O anúncio ocorre a dois dias do prazo para que a ByteDance, controladora chinesa do aplicativo, venda suas operações americanas ou enfrente o banimento.

(Imagem/ Reprodução/ @realDonaldTrump)

O presidente Donald Trump confirmou o acerto em publicação na Truth Social, descrevendo-o como uma vitória para os jovens americanos.

“Um acordo foi fechado sobre uma ‘certa’ empresa que os jovens do nosso país queriam muito salvar. Eles ficarão muito felizes! Falarei com o Presidente Xi na sexta-feira. O relacionamento continua muito forte!!!”, escreveu.

Trump também informou que se reunirá com o presidente da China, Xi Jinping, na sexta-feira (19), para concluir os detalhes.

Embora os termos não tenham sido divulgados, o republicano já declarou que um grupo de investidores norte-americanos estaria pronto para assumir o controle da plataforma.

Entre os nomes cogitados, estão Elon Musk, Larry Ellison e a startup Perplexity.

Negociações em Madri

(Foto: Reprodução)

O acordo preliminar foi alcançado durante a 4ª rodada de negociações econômicas entre Estados Unidos e China, realizada em Madri. Os encontros começaram no último domingo (14) e incluíram discussões sobre comércio, segurança nacional e o futuro do TikTok.

A delegação norte-americana foi liderada por Bessent e pelo representante de Comércio, Jamieson Greer. Do lado chinês, participou o vice-primeiro-ministro He Lifeng. Segundo o Ministério do Comércio da China, a delegação permanecerá na Espanha até 17 de setembro.

Histórico do impasse

A disputa em torno do TikTok começou em abril de 2024, quando o então ex- presidente Joe Biden sancionou uma lei obrigando a ByteDance a vender suas operações no país até 19 de janeiro de 2025.

A medida foi motivada por preocupações de que o governo chinês pudesse acessar dados de cidadãos americanos por meio da plataforma.

Ao assumir a Casa Branca em janeiro de 2025, Trump se opôs ao banimento e pediu à Suprema Corte a suspensão do prazo estabelecido pela lei, alegando que buscaria uma resolução política para o caso. Desde então, o prazo vem sendo prorrogado diversas vezes.

Relações comerciais

Além do TikTok, a rodada de Madri também tratou das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Nos últimos anos, Washington aplicou tarifas de até 145% sobre produtos chineses, enquanto Pequim reagiu com taxas de 125% sobre mercadorias americanas.

Um acordo de suspensão temporária dessas tarifas está em vigor até novembro. Segundo Jamieson Greer, há possibilidade de uma nova extensão caso as negociações mantenham ritmo positivo.

“Estamos certamente abertos a considerar novas ações nesse sentido”, disse o representante de Comércio.

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