Brasília (DF) – O governo dos Estados Unidos voltou a criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em postagem nas redes sociais, o Bureau of Western Hemisphere Affairs (Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental) classificou o magistrado como “tóxico” e reafirmou que sanções impostas pelo país não podem ser invalidadas por tribunais estrangeiros.
“Alexandre de Moraes é tóxico para todas as empresas e indivíduos legítimos que buscam acesso aos EUA e seus mercados. Nenhum tribunal estrangeiro pode invalidar as sanções dos Estados Unidos — ou poupar alguém das consequências graves de violá-las”, afirmou o órgão.
A publicação foi replicada pela Embaixada dos EUA no Brasil e reforçou que cidadãos norte-americanos estão proibidos de realizar transações com Moraes. O texto também alertou estrangeiros de que fornecer apoio material a pessoas consideradas violadoras de direitos humanos pode resultar em sanções.
Alexandre de Moraes é tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados. Nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de descumpri-las.
Pessoas e… https://t.co/U9JscA1rjE
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) August 18, 2025
As críticas ocorrem após decisão do ministro Flávio Dino, também do STF, que defendeu a soberania nacional diante de leis estrangeiras. Para Dino, determinações judiciais ou normativas de outros países não podem ter efeito automático no Brasil sem análise prévia da Justiça nacional.
A decisão foi proferida em ação apresentada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), após municípios brasileiros acionarem cortes do Reino Unido contra mineradoras britânicas. Dino destacou que qualquer tentativa de impor automaticamente leis ou sentenças de outro país constitui “ofensa à soberania nacional, à ordem pública e aos bons costumes”.
Em paralelo, Moraes concedeu entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, onde reiterou que não pretende recuar no julgamento sobre a trama golpista. “Vamos fazer o que é certo: vamos receber a denúncia, analisar as evidências, e quem tiver de ser condenado vai ser condenado, e quem tiver de ser absolvido vai ser absolvido”, declarou.
O periódico descreveu Moraes como um magistrado que enfrenta poderosos sem hesitar, seguindo a máxima de “nunca desistir, sempre avançar”.
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