Entenda como hospedagem cara em Belém pode arruinar encontro mundial

Imagens representam tensão em meio à polêmica dos preços extorsivos da hospedagem durante a COP30 em Belém

Brasil – A realização da COP30 em Belém, prevista para novembro de 2025, está sob ameaça após diversos países, especialmente nações em desenvolvimento, pressionarem pela mudança do local do evento devido aos preços considerados extorsivos da hospedagem da capital paraense.

A revelação foi feita pelo presidente da conferência, embaixador André Corrêa do Lago, durante encontro com a Associação de Correspondentes Estrangeiros (AIE) e o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).

De acordo com Corrêa do Lago, a situação atingiu um nível crítico após países africanos, liderados pelo negociador Richard Muyungi, solicitarem oficialmente a transferência da COP30 para outra cidade com custos mais acessíveis.

“Há uma sensação de revolta, sobretudo por parte dos países em desenvolvimento, que estão dizendo que não poderão vir à COP por causa dos preços abusivos”, afirmou o embaixador.

Hospedagem em Belém ultrapassa R$ 2.000 por noite

O impasse ganhou proporções internacionais após agência Reuters revelar que delegações inteiras estão reconsiderando sua participação no maior evento climático do mundo.

A reportagem apurou que diárias em hotéis de Belém chegam a custar até cinco vezes mais durante o período da COP30, com valores que ultrapassam R$ 2.000 por noite em estabelecimentos de padrão médio/baixo.

Organização da COP30 tenta negociar

Diante da crise, o comitê organizador tenta negociar com a rede hoteleira local, mas enfrenta resistência. “Parte do setor ainda não se deu conta da gravidade da situação”, lamentou Corrêa do Lago.

Especialistas alertam que, caso não haja flexibilização nos preços, o Brasil pode ver seu prestígio ambiental manchado pelo fracasso logístico de um evento crucial para o combate às mudanças climáticas.

O Ministério do Meio Ambiente informou que está trabalhando em alternativas, incluindo a possibilidade de hospedagem em navios e parcerias com universidades. Enquanto isso, o governo do Pará afirma que está “confiante” na manutenção do evento em Belém, destacando a importância simbólica de sediar a COP30 na Amazônia.

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