Diane Keaton, ícone do cinema e vencedora do Oscar, morre aos 79 anos

Diane Keaton, ícone do cinema e vencedora do Oscar, morre aos 79 anos

Los Angeles (Califórnia) – A morte da atriz Diane Keaton, aos 79 anos, foi confirmada neste sábado (11) pela revista People, por meio de um porta-voz da família da artista. Segundo o comunicado, Keaton faleceu na Califórnia e a causa da morte não foi divulgada.

Diane Keaton era uma das figuras mais emblemáticas do cinema norte-americano.

Com uma carreira que atravessou mais de cinco décadas, ela conquistou um Oscar, estrelou clássicos absolutos e se tornou um ícone de estilo e autenticidade em Hollywood, reconhecida por seus looks andróginos, suéteres de gola alta e chapéus de assinatura.

(Foto: Reprodução)

Da Broadway ao Estrelato: Uma Jornada de Autoconhecimento

Nascida em Los Angeles, em 5 de janeiro de 1946, com o nome Diane Hall, ela era a mais velha de quatro irmãos. Seu pai era engenheiro civil e sua mãe, dona de casa. Uma mulher que, segundo Keaton, nutria o desejo não realizado de ser artista.

“No fundo do coração, ela provavelmente queria ser uma artista de algum tipo. Ela cantava. Ela tocava piano. Ela era linda. Ela era minha defensora”, contou a atriz em 2004.

A paixão pela atuação começou na escola. Após se formar, em 1964, mudou-se para Nova York para seguir a carreira artística. Foi então que adotou o sobrenome Keaton, solteiro de sua mãe, pois já havia uma atriz registrada com o nome de nascença.

(Foto: Reprodução)

Seu primeiro grande trabalho foi como substituta no musical de rock Hair, na Broadway, em 1968. Nessa época, enfrentou um período difícil de bulimia, uma luta silenciosa e dolorosa que superou com terapia e que revelaria anos mais tarde em suas memórias.

A virada em sua carreira veio com um teste para o diretor Francis Ford Coppola, que a escalou para viver Kay Adams, o interesse amoroso de Michael Corleone (Al Pacino) no clássico O Poderoso Chefão (1972).

“Acho que a coisa mais gentil que alguém já fez por mim foi quando fui escalada para atuar em O Poderoso Chefão sem nem ter lido o livro. Eu não sabia de nada”, recordou ela em 2022.

A Consagração

Paralelamente, iniciou uma frutífera colaboração e um romance com o diretor Woody Allen, que começou no teatro com Play It Again, Sam (1969) e migrou para o cinema em filmes como O Dorminhoco (1973) e A Última Noite de Boris Grushenko (1975).

A consagração veio com Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall) (1977), um papel que Allen escreveu inspirado nela e que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz.

Sua versatilidade ficou evidente quando, no mesmo ano de Annie Hall, estrelou a dramática À Procura de Mr. Goodbar.

(Foto: Reprodução)

A atriz provou que podia transitar entre a comédia e o drama com maestria, recebendo outra indicação ao Oscar por Reds (1981) e aclamação por filmes como O Clube das Desquitadas (1996) e Alguém Tem Que Ceder (2003), este ao lado de Jack Nicholson.

Em tempos mais recentes, Keaton manteve-se ativa, participando de comédias como Tudo em Família e Book Club, e até mesmo do videoclipe de Justin Bieber, Ghost, em 2021. Na televisão, teve destaque na minissérie The Young Pope (2016).

Também se aventurou como diretora, assinando o documentário Heaven (1987) e o filme Hanging Up (2000), além de um episódio de Twin Peaks.

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