Brasil – A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou, nesta sexta-feira (22), ao Supremo Tribunal Federal (STF) a manifestação solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes sobre o rascunho de uma carta de pedido de asilo político à Argentina, localizado no celular do ex-mandatário durante investigações da Polícia Federal. O prazo para resposta se encerrava às 20h34.
O documento apreendido trazia alegações de perseguição política no Brasil e mencionava medidas cautelares determinadas pelo STF. No entanto, os advogados de Bolsonaro afirmaram que o rascunho, datado de fevereiro de 2024, não pode ser interpretado como tentativa de fuga.


“É evidente que um esboço de pedido de asilo não constitui prova de intenção de deixar o país. Desde então, Bolsonaro participou de todos os atos judiciais e permaneceu em sua residência quando foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica”, diz a defesa na manifestação.
Essa não foi a primeira vez em que Moraes pediu explicações formais sobre a conduta do ex-presidente. Em julho, a defesa já havia sido intimada após Bolsonaro falar com jornalistas na saída de uma reunião do PL, mesmo estando proibido de dar entrevistas. Na ocasião, o ministro considerou o episódio isolado, mas manteve o alerta de que novos descumprimentos podem resultar em prisão no processo que investiga uma suposta articulação golpista (Ação Penal nº 2668).
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