Pequim – O Governo da China realizou nesta quarta-feira (03) o maior desfile militar de sua história para marcar os 80 anos da vitória contra o Japão na Segunda Guerra Mundial. O evento ocorreu na Praça da Paz Celestial, em Pequim, e reuniu mais de 50 mil pessoas, além de líderes estrangeiros como o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, O presidente da China, Xi Jinping, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, durante o desfile militar – (Foto: Florence Lo/ Reuters)
Em discurso, o presidente Xi Jinping exaltou o papel do Partido Comunista Chinês e das Forças Armadas na vitória sobre o fascismo e afirmou que o país caminha para um futuro de protagonismo mundial.
“O grande rejuvenescimento da nação chinesa é imparável. A nobre causa da paz e do desenvolvimento para a humanidade certamente triunfará”, disse.
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O líder chinês também reafirmou a meta de construir um exército de ‘classe mundial’, capaz de “lutar e vencer guerras”.
Sob sua liderança, a China tem intensificado investimentos militares, modernizando o Exército de Libertação Popular (ELP) e ampliando sua capacidade tecnológica com mísseis hipersônicos, drones e tanques de última geração.
Exibição militar
Soldados do Exército de Libertação Popular da China (PLA) marcham durante o ensaio para o desfile militar (Foto: REUTERS/Maxim Shemetov)
Chamado de “Dia da Vitória”, o desfile incluiu marchas de tropas, sobrevoos aéreos e a apresentação de novos equipamentos bélicos. Antes do pronunciamento, Xi passou em revista as tropas usando um terno no estilo de Mao Tsé-tung.
(Foto: Divulgação)
Repercussão
A cerimônia ocorreu em meio a tensões globais e críticas veladas aos Estados Unidos da América (EUA). Xi declarou que o mundo enfrenta a escolha entre “paz ou guerra, diálogo ou confronto, ganhos mútuos ou soma zero”.
A presença de Putin e Kim Jong-un reforçou a aproximação entre países que contestam a influência norte-americana.
Durante o evento, o então presidente americano Donald Trump, afirmou em rede social que Xi, Putin e Kim “estão conspirando contra os Estados Unidos”, apesar de ter dito anteriormente manter uma “relação muito boa” com o líder chinês.
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