Vai ter que me prender pra me calar

"Vai ter que me prender pra me calar"

Brasil – O pastor Silas Malafaia reagiu à operação da Polícia Federal realizada nesta quarta-feira (20) e afirmou que não pretende se calar diante das investigações. A declaração ocorreu depois de agentes cumprirem mandado de busca e apreensão contra ele, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Malafaia desembarcava no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, vindo de Lisboa, quando foi abordado. O celular dele foi apreendido, e a Justiça determinou a entrega do passaporte e a proibição de deixar o país.

“Eu que sou o criminoso? Isso é uma vergonha (…) Que país é esse? Que democracia é essa? Eu não vou me calar. Vai ter que me prender pra me calar”, declarou.

De acordo com relatório encaminhado ao STF, a Polícia Federal aponta que Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro contavam com apoio de aliados para estruturar ações consideradas criminosas. Malafaia é citado como participante de estratégias de coação e difusão de informações falsas com o objetivo de atacar instituições.

No mesmo dia, Jair e Eduardo Bolsonaro foram indiciados pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo. As investigações se baseiam em mensagens extraídas do celular do ex-presidente, trocadas entre junho e julho deste ano.

Malafaia, aliado histórico de Bolsonaro, é apontado ainda como organizador e financiador de manifestações em defesa do ex-presidente. O relatório foi enviado à Procuradoria-Geral da República, que deverá decidir se apresenta denúncia ou solicita novas medidas.

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