Brasil – Um protesto sonoro marcou a manhã desta sexta-feira (18), em frente ao Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi obrigado a comparecer para colocar uma tornozeleira eletrônica. Enquanto Bolsonaro falava com a imprensa, a tradicional “Marcha Fúnebre” ecoou pelo local, executada ao vivo por um trompetista militante.
O autor da intervenção foi Fabiano e Silva Leitão Duarte, de 45 anos, mais conhecido como “TromPetista”, ativista ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT). A cena gerou repercussão nas redes sociais e entre os presentes.
A ação foi vista como um protesto irônico diante da nova etapa das investigações que atingem o ex-presidente. Nesta sexta, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão ligados a Bolsonaro, além de medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as medidas, estão o uso da tornozeleira, recolhimento domiciliar noturno e a proibição de manter contato com autoridades estrangeiras.
Após o procedimento, Bolsonaro disse que passou por uma “suprema humilhação”.
Essa não foi a primeira vez que Fabiano se manifesta de forma sonora contra o ex-presidente. Em março deste ano, ele já havia tocado a mesma marcha durante uma entrevista de Bolsonaro em frente ao Senado, após o STF transformar o ex-presidente em réu por tentativa de golpe.
Além de músico, Fabiano é estudante de relações internacionais e foi candidato a deputado distrital em 2022, mas não se elegeu. Ele também ficou conhecido por ter sido detido durante o governo Bolsonaro, em 2021, ao tentar impedir um desfile de blindados militares na Esplanada dos Ministérios.
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