Prisão de vereador Rosinaldo Bual abre caminho para suplente assumir vaga na CMM

Prisão de vereador Rosinaldo Bual abre caminho para suplente assumir vaga na CMM

Manaus (AM) – A prisão preventiva do vereador Rosinaldo Ferreira da Silva, conhecido como Rosinaldo Bual (Agir), determinada pela Justiça do Amazonas, nesta sexta-feira (3), não só abalou a estrutura da Câmara Municipal de Manaus (CMM), mas também iniciou imediatamente o processo de substituição do parlamentar.

Com o afastamento de Bual de suas funções por 120 dias, a vaga pode ser ocupada pelo suplente do partido, cujo nome mais cotado é o do ex-vereador e atual secretário municipal Alonso Oliveira, também filiado ao Agir.

(Foto: Reprodução)

A Sucessão na Cadeira

Conforme prevê a legislação eleitoral, com o afastamento do titular, a vaga deve ser ocupada pelo suplente imediato do partido. Consultas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que o nome na sequência é o de Alonso.

(Foto: DICOM -CMM)

Alonso é uma figura conhecida na política manauara. Ele já exerceu como vereador por três mandatos (2013-2016, 2019-2020 e 2023-2024) e possui experiência na administração pública, tendo sido titular da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) entre 2021 e 2022.

Atualmente, comanda a Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (SEMTEPI).

Caso sua nomeação seja confirmada oficialmente pela Justiça Eleitoral e pela Mesa Diretora da Casa Legislativa, Alonso retornará ao plenário para concluir o período do mandato interrompido de Bual até 2028.

No entanto, ele terá de fazer uma escolha: permanecer à frente da secretaria ou assumir o mandato parlamentar, já que os cargos são acumuláveis.

A expectativa é de que a Câmara Municipal oficialize a convocação do suplente nos próximos dias, seguindo o rito regimental, para garantir a continuidade da representação partidária e do trabalho legislativo.

Entenda o Caso Bual

(Foto: Reprodução)

A decisão que autorizou a prisão de Bual foi proferida no âmbito da Operação Face Oculta, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MP-AM).

A investigação aponta que o vereador obrigava servidores comissionados a devolver até metade dos salários que recebiam. Para viabilizar o esquema, mantinha entre 40 e 50 assessores nomeados, incluindo pessoas que sequer exerciam funções públicas compatíveis.

Além da prisão preventiva e de outros envolvido, a operação cumpriu 17 mandados de busca e apreensão, incluindo o gabinete do vereador na CMM e sua residência.

Entre os itens apreendidos, destacam-se um cofre contendo R$ 390 mil em espécie, cheques que somam mais de R$ 500 mil, computadores, celulares e notebooks. A decisão judicial também determinou o bloqueio de bens do investigado e o afastamento de seus assessores.

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