Nova pesquisa ‘Quaest’ aponta brasileiros considerando justa prisão domiciliar de Bolsonaro

Nova pesquisa 'Quaest' aponta brasileiros considerando justa prisão domiciliar de Bolsonaro

Brasil – Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (25) revela que a maioria da população brasileira avalia como justa a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o estudo, 55% dos entrevistados concordam com a medida.

A decisão, que mantém Bolsonaro em sua casa desde o dia 4 de agosto, foi tomada com base no reiterado descumprimento das medidas cautelares por parte do ex-presidente, incluindo a participação em manifestações por meio de chamadas de vídeo, o que violava expressamente as condições impostas pela Corte.

O levantamento, realizado entre os dias 13 e 17 de agosto, ouviu 2.004 pessoas em todo o país de forma presencial. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

(Foto: Reprodução)

Divisão de opiniões

Enquanto 55% consideram a prisão justa, 39% dos entrevistados avaliam a medida como injusta. Outros 6% não souberam ou não quiseram responder.

A análise dos dados demográficos mostra um perfil definido entre os que apoiam e os que rejeitam a decisão do STF.

  • Quem considera justa: A opinião é majoritária entre mulheres (58%), residentes da região Nordeste (65%) e na faixa etária mais jovem, de 16 a 34 anos (59%).
  • Quem considera injusta: A avaliação negativa é mais forte entre homens (42%), na região Sul (49%) e entre pessoas de 35 a 59 anos (43%).

Alinhamento político é evidente

A pesquisa deixa clara a forte polarização e o alinhamento da opinião com a preferência política dos entrevistados.

Entre aqueles que julgam a prisão domiciliar injusta, 87% se declaram apoiadores de Bolsonaro. Por outro lado, apenas 12% dos apoiadores concordam com a medida.

Já no grupo que considera a prisão justa, a concordância é maciça entre opositores: 93% são de esquerda não lulista e 88% se declararam lulistas.

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