Brasília (DF) – Durante entrevista ao vivo ao SBT News, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) comentou o cenário político nacional, fez críticas à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de apresentar sua avaliação sobre os desafios da direita no Congresso Nacional e nas eleições de 2026.
Ao abordar a participação de autoridades no evento de lançamento da TV SBT News, o parlamentar afirmou que a presença de políticos em emissoras de comunicação é legítima, mas ponderou que ministros da Suprema Corte devem observar limites constitucionais. “Um juiz da Suprema Corte deve julgar, ele não deve emitir opiniões fora dos autos”, declarou.
Nikolas afirmou que sua manifestação não teve caráter de ataque à emissora, mas de alerta institucional. “Isso daqui não são palavras de condenação, mas um pedido de realinhamento”, disse, ao destacar a história e a responsabilidade do SBT no cenário nacional. Segundo ele, sua fala representou o sentimento de parte da audiência. “Eu não poderia me ausentar de ser aqui a voz de milhões de pessoas que se sentiram desrespeitadas e decepcionadas”, afirmou.
Ao analisar o governo Lula, o deputado disse que a esquerda possui maior estrutura institucional e política. “A esquerda possui os poderes, tem a máquina estatal ao seu lado”, avaliou. Ele também criticou o aumento da arrecadação federal, argumentando que isso não se reflete em melhorias para a população. “O governo bate recorde de arrecadação, mas o povo brasileiro não consegue ver essa resposta no seu dia a dia”, declarou.
Sobre a atuação do Congresso, Nikolas Ferreira destacou dificuldades de comunicação da direita e afirmou que decisões parlamentares acabam sendo revertidas no Judiciário. “É muito difícil combater uma máquina dessa forma”, disse, ao citar como exemplo a derrubada, pelo STF, da decisão que barrava o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O parlamentar também citou projetos votados no Legislativo que, segundo ele, foram distorcidos no debate público. “A comunicação é muito importante, porque muitas vezes parece que nós votamos contra o povo, quando isso não é verdade”, afirmou. Entre os exemplos, mencionou propostas relacionadas à segurança pública, combate ao crime organizado e educação.
Questionado sobre o cenário eleitoral de 2026, Nikolas defendeu a escolha do senador Flávio Bolsonaro como nome da direita para a disputa presidencial. “Não é somente pelo peso do sobrenome, mas também pela lealdade”, afirmou, ao destacar a confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro no filho. Para ele, divergências internas no campo conservador são naturais. “A divergência é extremamente saudável”, disse.
O deputado também voltou a criticar o que considera interferência do STF nas prerrogativas do Congresso Nacional. “Hoje, infelizmente, o Congresso está subjulgado ao poder Judiciário”, afirmou. Ele citou decisões envolvendo parlamentares como exemplos de insegurança jurídica. “O que o Congresso decide pode ser derrubado por uma única canetada”, declarou.
Sobre a renúncia da deputada Carla Zambelli, Nikolas avaliou que a decisão teve caráter estratégico. “Foi um cálculo jurídico”, afirmou, ao mencionar os efeitos de uma eventual inelegibilidade. Já em relação ao futuro da direita, defendeu que a prioridade deve ser a eleição de uma maioria no Legislativo. “Não é só eleger um presidente, é preciso dominar o Congresso”, disse.
Por fim, o parlamentar comentou o projeto que trata da dosimetria das penas relacionadas aos atos de 8 de janeiro. “Não é o ideal, mas é o possível”, afirmou, ao defender que a proposta reduz penas que considera desproporcionais. Segundo ele, a oposição avançou politicamente, mas ainda busca ampliar sua representação. “Ano que vem, a gente vai batalhar para colocar mais deputados no Congresso”, concluiu.
Ao responder às críticas do parlamentar, o apresentador Leandro Magalhães destacou que o SBT News mantém compromisso com o jornalismo equilibrado, plural e baseado em fatos. Ele ressaltou que o ministro Alexandre de Moraes participou do evento representando o Supremo Tribunal Federal, assim como outras autoridades foram convidadas, e que a emissora busca dar espaço a diferentes visões políticas. Leandro afirmou ainda que o papel do jornalismo é informar sem emitir juízo de valor.















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