motoristas de ônibus de Manaus paralisam por atraso de salários

motoristas de ônibus de Manaus paralisam por atraso de salários

Manaus (AM) – Os motoristas e cobradores de ônibus realizaram uma paralisação nesta quinta-feira (11), em protesto pelo atraso no pagamento de salários, que deveriam ter sido quitados no dia 5 de setembro. A interrupção parcial do serviço afetou diversas linhas da capital e gerou transtornos para milhares de usuários que dependem do transporte público em Manaus.

Segundo Givancir Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Manaus (STTRM), a paralisação parcial não é organizada pelo sindicato. “Os próprios trabalhadores estão fazendo a paralisação. Neste momento não há o que fazer, o sindicato não tem o que fazer, estão trabalhando, mas ninguém trabalha de graça”, afirmou Oliveira ao Portal Tucumã.

O Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas) esclareceu em nota que os valores relativos ao custeio do transporte de estudantes, inicialmente depositados judicialmente, foram devolvidos ao Estado e ainda aguardam liberação. Assim que recebidos, o Sinetram garante que os valores serão repassados imediatamente às empresas para pagamento dos salários.

Na última sexta-feira (5), a desembargadora Eulaide Maria Vilela Lins, do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11), concedeu liminar contra a paralisação marcada para terça-feira (9), atendendo pedido do Sinetram. A magistrada destacou que “o transporte rodoviário é serviço essencial e a greve, em setor essencial, é permitida desde que observados os arts. 11 e 13 da Lei nº 7.783/89, que impõem: 1) a prestação dos serviços indispensáveis; e 2) a comunicação sobre a paralisação com antecedência de 72 horas, no mínimo, aos empregadores e usuários”.

A decisão judicial determina que o sindicato dos motoristas se abstenha de deflagrar a greve sob pena de multa de R$ 50 mil por hora, além de proibir bloqueios de garagens ou impedimentos de circulação, sob pena de R$ 100 mil por hora. A medida visa preservar o serviço essencial enquanto continuam as negociações sobre salários e condições de trabalho.

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