Brasília (DF) – A Corte de Apelação da Itália decidiu que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) continuará presa no país europeu. A decisão foi divulgada um dia após a parlamentar participar de audiência com três juízes.
No documento, os magistrados afirmam que existe o “grau máximo” de perigo de fuga caso Zambelli seja solta, motivo pelo qual determinaram a manutenção da prisão.
Os juízes também analisaram laudos médicos e concluíram que a parlamentar tem condições de permanecer detida. Para eles, o perito avaliou “em termos gerais e abrangentes, que a equipe que trabalha na unidade onde a paciente está internada garante a administração correta de terapias farmacológicas, o monitoramento básico e especializado constante da saúde e a administração correta e consistente das terapias estabelecidas.”
A Justiça italiana segue analisando o pedido de extradição feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes já havia solicitado a extradição de Zambelli, condenada duas vezes pela Corte brasileira.
A defesa tentou que ela aguardasse a decisão em liberdade, mas o pedido foi rejeitado. Assim, a deputada seguirá presa até que haja uma definição sobre sua extradição.
Na quarta-feira (27), o advogado de Zambelli comentou o depoimento do perito responsável pelo exame médico, feito a pedido do Estado italiano. Segundo ele, a intervenção foi breve: “O responsável pela perícia falou por cerca de dois minutos e disse que Zambelli ‘pode continuar em cárcere, não teve porque, como ou onde’ ao tratar de justificativas.”
O advogado também rebateu a tese de risco de fuga: “Ela não tem nem passaporte italiano, nem passaporte brasileiro e não tem dinheiro porque o Alexandre de Moraes bloqueou as contas dela e do marido. Então, ela não tem como ir para outro lugar.”
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