Parintins (AM) – A declaração de “Situação de Emergência” na orla de Parintins, oficializada pelo Decreto nº 130/2025-PGMP, expõe a fragilidade da gestão municipal diante da erosão fluvial que assola a cidade. Enquanto o prefeito Mateus Assayag decreta medidas emergenciais, os dados divulgados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) revelam um cenário preocupante de lentidão nas obras de contenção.
No início deste mês, o MIDR informou que repassou mais R$ 24 milhões de um convênio de R$ 60 milhões. No entanto, as obras de construção do Muro de Contenção de Erosão Fluvial da cidade, que abrange 2,16 quilômetros em trechos críticos, atingiram apenas 33,58% de execução em setembro. Isso significa que, mesmo com o novo repasse e a declaração de emergência, a solução definitiva para a contenção da erosão, que ameaça residências, vias públicas e estruturas locais, segue em ritmo aquém do esperado.
O próprio decreto municipal, em seus considerandos, já apontava a gravidade da situação: “Considerando que os desbarrancamentos da orla provocam a obstrução e interdição das ruas e logradouros municipais devido o risco promovido pelos deslizamentos de terras, que causam sérios transtornos ao Município de Parintins e colocam em perigo a população.” A lentidão na execução das obras de contenção, apesar dos recursos federais, levanta questionamentos sobre a eficiência da administração municipal em gerir os fundos e acelerar as ações necessárias para a segurança dos moradores.
A situação se agrava quando consideramos que o convênio entre o MIDR e a prefeitura tem vigência até dezembro de 2025. Com a execução em apenas um terço, a conclusão das obras dentro do prazo se torna um desafio, deixando a população ribeirinha e urbana sob constante risco.
















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