Direita se reúne após operação da PF contra Bolsonaro; veja vídeo

Brasil – Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na manhã deste domingo (28) em Brasília para manifestação contra a operação da Polícia Federal (PF) que, na última sexta-feira (18), realizou buscas em sua residência e determinou medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.

O ato, intitulado “Brasília vai caminhar, pela Liberdade, pela Democracia e pela Verdade”, foi convocado pela deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e contou com a presença de figuras como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas).

A manifestação

Os manifestantes começaram a se concentrar por volta das 9h em frente ao Banco Central e, às 10h, seguiram em caminhada pelo Eixão Sul. A organização estimava a presença de 1.500 pessoas, mas, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o número inicial era de cerca de 150 participantes.

Em seu discurso, Bia Kicis criticou o recesso parlamentar, declarando: “Não é possível que os deputados fiquem de férias”. Já Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, comentou o evento nas redes sociais, postando fotos e descrevendo a mobilização como uma “manifestação espontânea”.

Restrições a Bolsonaro

O ex-presidente, que está sob medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), não pôde comparecer ao ato.

Entre as determinações judiciais (combatidas manifestação), ele está proibido de sair de casa aos finais de semana e de manter contato com o filho Eduardo, que segue nos EUA.

A operação da PF investiga supostas tentativas de golpe de Estado após as eleições de 2022, e as medidas contra Bolsonaro incluem ainda a proibição de acesso a redes sociais e o monitoramento eletrônico.

A manifestação reforça a polarização política no país, com a oposição pressionando por uma resposta mais contundente às ações judiciais contra Bolsonaro. Enquanto isso, o PL e aliados avaliam estratégias para reverter as restrições ao ex-presidente e ao mandato de Eduardo, cuja licença parlamentar se encerrou.