Defesa orienta Bolsonaro a não comparecer a julgamento no STF; decisão final ainda é incerta

Defesa orienta Bolsonaro a não comparecer a julgamento no STF; decisão final ainda é incerta

Brasília (DF) – A poucas horas do início do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que o processa por suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu nesta segunda-feira (1º) de sua defesa a recomendação para não comparecer à Corte de forma presencial.

A assessoria jurídica avalia que a presença física do ex-presidente não seria positiva para o andamento do processo.

No entanto, de acordo com pessoas próximas a Bolsonaro, a decisão final ainda não foi tomada. O ex-presidente estaria em dúvida, e há aliados em seu entorno que defendem que a ida seria uma demonstração de força.

(Foto: Reprodução)

Para que Bolsonaro possa ir ao STF, é necessária uma autorização expressa do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

Isso porque o ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde o início de agosto, por descumprir condições impostas pela Justiça, como a proibição de usar redes sociais.

Até a manhã desta segunda, nenhum pedido nesse sentido havia sido formalmente protocolado junto ao Supremo.

Julgamento crucial

(Foto: Reprodução)

O julgamento, marcado para começar nesta terça-feira (02), é considerado um dos mais importantes da história recente do país.

Bolsonaro e outros sete aliados são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

A Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, reservou cinco dias de sessão, até 12 de setembro, para analisar o caso.

A acusação será sustentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que terá até duas horas para apresentar seus argumentos.

Em seguida, a defesa terá direito à ampla contestação.

Ausência de outros réus

(Foto: Reprodução)

A expectativa é de que a maioria dos outros réus também não compareça pessoalmente ao julgamento. Advogados teriam recomendado a ausência para evitar exposição midiática e constrangimento.

Neste grupo estão:

  • Tenente-Coronel Mauro Cid: Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
  • Almir Garnier: Ex-comandante da Marinha.
  • Anderson Torres: Ex-ministro da Justiça.
  • General Augusto Heleno: Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

O general Braga Netto, que está preso no Rio de Janeiro (RJ), assistirá ao julgamento pela televisão.

A única presença ainda incerta, é a do ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, que poderá acompanhar alguma sessão presencialmente.

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