Manaus (AM) – Enquanto o governo do presidente Lula (PT) acumula um histórico de gastos considerados excessivos por especialistas, o casal presidencial embarca para mais uma viagem internacional — desta vez, à França. A visita, com agenda oficial e encontros com lideranças políticas e culturais, ocorre no momento em que o “custo Lula” ao país já soma R$72,5 bilhões apenas nos primeiros quatro meses de 2025, segundo estimativa do economista Paulo Rabello de Castro.
Para Rabello, que é Ph.D pela Universidade de Chicago e ex-presidente do IBGE e do BNDES, Lula caminha para fechar 2025 com mais de R$ 100 bilhões em gastos excedentes ao equilíbrio primário das contas públicas — sem contar os encargos da dívida e os R$ 169 bilhões da chamada “PEC Fura-Teto”, aprovada ainda na transição, como espécie de cheque em branco ao novo governo.
“O governo Lula é, até aqui, o mais gastador de todos os tempos, e seu custo aumenta na mesma medida em que cresce sua rejeição popular nas pesquisas”, alertou o economista em sua última coluna.
A viagem à França vem sendo criticada por setores da oposição e da sociedade civil justamente pelo momento delicado das contas públicas e do agravamento de problemas sociais e estruturais no Brasil — como o caos no Rio Grande do Sul, a crise indígena na Amazônia e o aumento da pobreza.
“Não se trata apenas de uma viagem oficial, mas da simbologia de um governo desconectado da realidade de um povo que ainda sofre com inflação alta, juros elevados e precariedade nos serviços básicos”, disse um parlamentar da oposição.
Mesmo excluindo os juros da dívida pública, os gastos do governo petista se aproximam de cifras trilionárias, segundo os cálculos de Rabello. “Se incluirmos tudo, o custo total pode ultrapassar R$ 1,5 trilhão”, afirmou.
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