Bolsonaro pode ser preso em quartel do Exército caso STF determine recolhimento

Bolsonaro pode ser preso em quartel do Exército caso STF determine recolhimento

Brasil – O ex-presidente Jair Bolsonaro pode ter como destino o Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, caso o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determine sua prisão. A unidade já foi usada para manter detidos militares envolvidos em investigações, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, delator no inquérito que apura articulações golpistas no período pós-eleição.

Fontes ligadas ao Judiciário e à área de segurança indicam que, se houver uma ordem de prisão, a tendência é que Bolsonaro seja recolhido a uma Sala de Estado-Maior, como prevê a legislação brasileira para autoridades com prerrogativas especiais. O local, embora situado dentro de uma estrutura militar, não possui grades e garante condições diferenciadas de custódia, sem contato com presos comuns.

O cenário, no entanto, ainda é tratado com cautela nos bastidores. A avaliação predominante no governo e entre aliados é que uma eventual prisão por descumprimento de medidas cautelares, como a repostagem de vídeos considerados antidemocráticos, poderia reforçar o discurso de perseguição política sustentado por Bolsonaro.

Além disso, a Polícia Federal em Brasília não dispõe mais de estrutura adequada para custodiar o ex-presidente. A cela onde o ex-presidente Lula ficou preso, na sede da PF em Curitiba, em 2018, foi montada de forma emergencial, justamente por se tratar de um ex-chefe de Estado.

Caso a prisão se concretize, Bolsonaro se tornará o segundo ex-presidente brasileiro a ser detido desde a redemocratização o primeiro foi Lula, em 2018, no contexto da operação Lava Jato.

Enquanto aguarda os desdobramentos no STF, Bolsonaro segue proibido de manter contato com outros investigados e de utilizar redes sociais, medidas impostas por Moraes nos inquéritos que apuram tentativa de golpe de Estado e disseminação de fake news contra o sistema eleitoral.

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