Após STJ manter cassação de Jaildo Oliveira, Sassá da Construção Civil pode reassumir mandato na CMM

Após STJ manter cassação de Jaildo Oliveira, Sassá da Construção Civil pode reassumir mandato na CMM

Manaus (AM) – Na última terça-feira (08), o Supremo Tribunal Federal (STJ) decidiu manter a cassação do mandato do vereador Jaildo Oliveira (PV). O Ministério Público Federal (MPF) notificou a Câmara Municipal de Manaus (CMM), por meio de ofício, para que adote as providências cabíveis, incluindo a posse do possível suplente, Sassá da Construção Civil (PT).

A decisão do STJ, que transitou em julgado em 24 de abril de 2025, confirmou a condenação do parlamentar por atos de improbidade administrativa relacionados ao uso indevido de recursos da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), o “cotão”, em 2010.

A sentença impõe a perda dos direitos políticos por oito anos, o tornava inelegível mesmo tendo assumido o mandato em 1º de fevereiro de 2025.

(Foto: Divulgação)

Mudança é resultado de Processo Judicial, afirma Sassá

O ex-vereador Sassá, esteve presente na Casa Legislativa nesta quarta, após o fim da sessão, e declarou estar preparado para reassumir uma cadeira no plenário após a cassação de Jaildo, buscando esclarecer que a mudança é resultado de um processo judicial, e não de uma iniciativa pessoal.

“Primeiramente, eu quero dizer aqui à imprensa que não fui eu que fiz a justiça para pegar o mandato de volta. É um processo que já existia”, afirmou Sassá, que atualmente ocupa o cargo de secretário extraordinário na Prefeitura de Manaus.

Ele dirigiu-se diretamente ao colega de partido, com quem integra a mesma federação partidária

“Se o nosso colega falar que é mentira, não é o Sassá que está mentindo. É a justiça que notificou”. disse.

Sassá enfatizou que seu papel é aguardar o cumprimento da lei.

“Eu estou querendo dizer para a população em casa que o vereador Sassá (…) não entrou na justiça contra [ninguém] para ganhar o mandato. Então eu quero que meu colega não fique com raiva de mim. Porque é a justiça que está julgando, não é o Sassá”. concluiu.

Jaildo se Manifesta

Em resposta, o vereador Jaildo Oliveira afirmou não ter sido notificado oficialmente e contestou a cassação.

“Eu não recebi, eu não fui notificado de nada. Acho que era um processo antigo, de 2010, sobre o uso do cotão, onde todos os vereadores responderam na época”, disse Jaildo.

O parlamentar alegou que a decisão fala somente de ressarcimento ao erário público, não tem nada de cassação, não tem nada de improbidade, nada de inelegibilidade.

Ele ainda mencionou a morte de seu advogado durante a pandemia como um fator que prejudicou sua defesa e sinalizou que pretende recorrer assim que for notificado.

(Foto: Divulgação)

O ofício do procurador da República Edmilson da Costa Barreiros Júnior solicita “as devidas providências” para o cumprimento imediato da decisão do STJ.

Caso a Mesa Diretora da CMM formalize a perda do mandato de Jaildo, a vaga, que pertence à Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), será ocupada por Sassá da Construção Civil, que é o suplente.

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