Trump declara ‘fim da era do terror’ em discurso no Parlamento de Israel

Trump declara 'fim da era do terror' em discurso no Parlamento de Israel

Mundo – Em um discurso histórico no Parlamento israelense (Knesset) nesta segunda-feira (13), o presidente americano Donald Trump declarou o fim da guerra em Gaza e proclamou o “início de uma era de harmonia” no Oriente Médio. A fala, acompanhada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, celebrou a libertação dos 20 reféns israelenses ainda vivos em troca de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos.

“Após dois anos angustiantes na escuridão e no cativeiro, 20 reféns corajosos estão retornando ao glorioso abraço de suas famílias”, declarou Trump, referindo-se ao acordo que encerra mais de 730 dias de sequestro desde o ataque de 7 de outubro de 2023. “Israel, com a nossa ajuda, conquistou tudo o que podia”.

Cenas tensas em discurso de Trump

O discurso foi marcado por momentos de tensão quando dois parlamentares da oposição interromperam a fala para pedir que Trump “reconheça a Palestina” e foram rapidamente removidos do plenário. O presidente americano comentou que a segurança “foi muito eficiente”.

Em tom de reconciliação, Trump homenageou Netanyahu, com quem teve atritos públicos durante as negociações, chamando-o de “um dos maiores presidentes em tempos de guerra”. O premier israelense, por sua vez, referiu-se a Trump como “o maior amigo que Israel já teve na Casa Branca”.

Desafios permanecem

Apesar da declaração de Trump sobre o fim da guerra, Netanyahu havia afirmado no domingo (12) que “a campanha não terminou” e que Israel ainda enfrenta “importantes desafios de segurança”. O acordo atual representa apenas a primeira fase de um processo mais amplo que inclui o desarmamento do Hamas – ponto ainda não resolvido nas negociações.

Trump segue para o Egito após o discurso, onde se reunirá com mais 20 líderes mundiais para discutir o futuro de Gaza. O acordo já permitiu a entrada de ajuda humanitária no território, onde imagens mostram população enfrentando desnutrição severa após dois anos de conflito que deixou mais de 67 mil mortos palestinos.

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