Eduardo Bolsonaro xinga o pai em mensagens: ‘Seu ingrato do caral**’

Eduardo Bolsonaro xinga o pai em mensagens: 'Seu ingrato do caral**'

Brasil – Mensagens trocadas entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) revelam um conflito familiar e político intenso. Os registros foram incluídos no relatório da Polícia Federal que resultou no indiciamento de pai e filho nesta quarta-feira (20).

Segundo a investigação, o parlamentar não recebeu bem uma fala de pai durante entrevista ao site Poder360. Na época, Bolsonaro comentou sobre a troca de farpas entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o filho.

“Ele [Eduardo Bolsonaro] apesar de ter feito 40 anos de idade agora, ele não é tão maduro assim, vamos assim dizer, talhado para a política”, declarou o ex-presidente em entrevista.

Segundo as conversas, Eduardo se irritou com comentários de Bolsonaro feitos em entrevista ao site Poder360, em que o ex-presidente descreveu o filho como “não tão maduro assim” para a política, apesar de seus 40 anos.

Em resposta, o parlamentar ameaçou abandonar a articulação com autoridades norte-americanas, que buscava pressionar decisões relacionadas ao julgamento do ex-presidente, e usou linguagem agressiva em mensagens via WhatsApp:

“VTNC SEU INGRATO DO CARALHO! Se o IMATURO do seu filho de 40 anos não puder encontrar com os caras aqui, PORQUE VC ME JOGA PRA BAIXO, quem vai se fuder é vc. E VAI DECRETAR O RESTO DA MINHA VIDA NESTA PORRA AQUI. TENHA RESPONSABILIDADE!”

Um dia depois, em 16 de junho, Eduardo enviou novas mensagens pedindo desculpas ao pai, afirmando ter “pegado pesado” e alegando que estava “puto” ao enviar as mensagens anteriores.

O indiciamento dos dois ocorre no contexto da Ação Penal nº 2668, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023. A PF apontou que Jair Bolsonaro liderou uma organização criminosa e que ambos tentaram coagir autoridades e interferir no exercício dos poderes constitucionais, incluindo ações junto a representantes dos Estados Unidos, configurando tentativa de abolição do Estado democrático de direito.

O relatório será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresenta denúncia formal ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou se arquiva o caso. Atualmente, Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília, enquanto Eduardo Bolsonaro permanece nos Estados Unidos.

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