Com sessão virtual no Senado, Câmara ameaça suspender deputados que ocupam plenário

Com sessão virtual no Senado, Câmara ameaça suspender deputados que ocupam plenário

Brasil – Os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados decidiram agir com firmeza diante da ocupação dos plenários por parlamentares da oposição, que protestam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesta quarta-feira (6), Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB) tomaram medidas para garantir o funcionamento das Casas mesmo com o impasse.

No Senado, Alcolumbre anunciou que a sessão deliberativa desta quinta-feira (7) será remota, medida que, segundo ele, visa evitar a paralisação dos trabalhos e assegurar a continuidade da agenda legislativa. Ele ainda condenou a ocupação e afirmou que não aceitará intimidações. “O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento”, declarou em nota.

Na Câmara, Hugo Motta optou por manter a sessão desta quarta-feira no formato presencial. Ele foi direto: qualquer tentativa de impedir os trabalhos poderá resultar em suspensão do mandato e remoção forçada dos envolvidos, com apoio da Polícia Legislativa, se necessário. Segundo ele, a medida foi comunicada previamente aos líderes partidários.

O protesto oposicionista começou na terça-feira (5), após a decisão do STF que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Desde então, deputados e senadores aliados ao ex-presidente passaram a ocupar os plenários, tentando travar as votações.

Apesar do clima de tensão, Alcolumbre indicou que pretende avançar com a pauta do Senado, que inclui o projeto de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos.

As medidas adotadas pelos presidentes das Casas mostram que a cúpula do Congresso quer evitar a paralisia e promete reagir a qualquer tentativa de tumultuar os trabalhos legislativos.

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