Alfredo diz que medida de Moraes contra Bolsonaro é perseguição política: ‘inquisidor’

Alfredo diz que medida de Moraes contra Bolsonaro é perseguição política: 'inquisidor'

Manaus (AM) – O presidente do PL no Amazonas, Alfredo Nascimento, reagiu com veemência à operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Alfredo classificou a medida como um “ato de perseguição política” e um “símbolo do autoritarismo que se instalou no Brasil”.

A ação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente.

“Isso não é justiça, é vingança. Colocar uma tornozeleira em um ex-presidente da República, um homem que não representa risco algum, é humilhação pura. O ministro Alexandre de Moraes age como inquisidor, não como magistrado. O Brasil está virando uma república bananeira, onde o Judiciário decide quem pode ou não ser perseguido”, afirmou Nascimento.

Alfredo, que já foi ministro dos Transportes no governo Lula e hoje é aliado de Bolsonaro, afirmou que o povo brasileiro não é “bobo”.

“Está vendo que isso aqui é lawfare, é uso da lei para fins políticos. Onde já se viu um ex-presidente ser tratado como bandido? Isso só aumenta a indignação daqueles que defendem a democracia de verdade”, disse.

O PL, partido de Jair Bolsonaro, emitiu uma nota classificando as medidas cautelares como “arbitrárias” e pediu para a população ir às ruas de forma pacífica contra a decisão de Moraes. O documento, assinado por líderes partidários como Rogério Marinho (Senado) e Sóstenes Cavalcante (Câmara), acusa o STF de “ultrapassar os limites da legalidade” e alerta para um “cenário autoritário”, citando a proibição de contato com aliados e familiares como exemplo de “violação à dignidade humana”.

A nota ainda exige que o Congresso Nacional “reaja com firmeza” para frear os “excessos do Judiciário”, ecoando o discurso de Nascimento sobre “lawfare”. O paralelo com casos passados, como as denúncias de Lula e Dilma Rousseff no exterior, foi destacado para reforçar a tese de “duplo padrão” na Justiça brasileira — argumento que deve alimentar o embate institucional nas próximas semanas.



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