Brasil – O ato “Justiça Já”, convocado pelo pastor Silas Malafaia e liderado por Jair Bolsonaro (PL), começou por volta das 14h deste domingo (29) na Avenida Paulista, em São Paulo, nas proximidades do MASP. O evento contou com discursos de parlamentares e lideranças conservadoras, que defenderam justiça, liberdade e criticaram o Supremo Tribunal Federal (STF).
Participação de governadores e aliados
Estiveram presentes no ato os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Cláudio Castro (RJ) e Jorginho Mello (SC), todos alinhados ao ex-presidente. Também marcaram presença o Delegado Péricles e o Capitão Alberto Neto, que atenderam ao chamado de Bolsonaro e reforçaram o apoio à mobilização em defesa da liberdade e da justiça. Os discursos variaram entre críticas ao julgamento sobre o suposto golpe de Estado e pedidos de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Bolsonaro subiu ao trio elétrico e, em tom irônico, brincou com o inglês de um dos aliados, encerrando seu discurso com a frase “Make Brazil Great Again”, numa alusão direta ao lema usado por Donald Trump nos EUA. O ex-presidente também reiterou que não há provas contra ele no processo investigado pela PGR.
Acusações e negação de envolvimento
O ex-presidente é alvo de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. No sábado (28), Bolsonaro voltou a minimizar as acusações, afirmando que está sendo acusado de um “golpe fictício”.
Imagens aéreas captadas pela GloboNews mostraram uma presença modesta de apoiadores, mesmo com Bolsonaro no trio elétrico. Não houve até agora contagem oficial de público.

O evento foi pacífico, mas um grupo de skatistas cruzou a avenida com gritos ofensivos contra o ex-presidente, evidenciando o clima polarizado.
Após o ato, Bolsonaro deve retornar a Brasília ainda neste domingo. Essa foi a sexta vez que ele convocou manifestações desde que deixou o cargo, no fim de 2022. O slogan do ato, “Justiça Já”, foi utilizado para reforçar a narrativa de que Bolsonaro estaria sendo alvo de perseguição judicial.
Bolsonaro convida Moraes para ser seu vice em 2026
O ex-presidente Jair Bolsonaro negou, em depoimento prestado no dia 10 de junho ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tenha cogitado dar um golpe de Estado para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, uma medida desse tipo seria “danosa para o Brasil”.
Jair também brincou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e tentou emplacar uma chapa para concorrer à Presidência da República nas eleições de 2026.
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