Manaus (AM) – Enquanto a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) da Prefeitura de Manaus registra movimentação financeira superior a R$ 1 bilhão em 2024, conforme dados oficiais do Portal da Transparência, os Distritos de Obras – unidades responsáveis por planejar e executar serviços urbanos nos bairros – se encontram em completo abandono.
Os dados oficiais revelam que a Seminf, comandada pelo vice-prefeito Renato Júnior (do mesmo partido do prefeito David Almeida), empenhou R$ 1,45 bilhão este ano, com R$ 1,2 bilhão liquidado e R$ 1,21 bilhão efetivamente pago. No entanto, a realidade encontrada nos distritos conta outra história:
- Cidade de Deus (zona Norte): Máquinas cobertas por mato e ferrugem, indicando pelo menos um ano de inatividade, segundo moradores.
- Mutirão (zona Norte): Estruturas sem portas, entulhos acumulados e placas de identificação danificadas.
- São José (zona Leste): Espaço invadido por vegetação, areia e restos de materiais de construção, sem sinalização pública.
- Cidade Nova (zona Norte): Apesar das cores da gestão municipal pintadas nas paredes, o local só é identificado como distrito por uma placa no telhado – visível apenas por drone.

Esses distritos são cruciais para a manutenção de vias públicas, projetos de drenagem (urgentes em áreas de alagamento) e reparos na infraestrutura urbana.
Na prática, porém, esses distritos viraram “centros fantasmas”, sem equipes trabalhando ou condições operacionais. Em plena temporada de chuvas, quando alagamentos são frequentes nas zonas Norte e Leste, a situação expõe o descaso com serviços básicos.















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