Manaus (AM) – Uma intensa disputa sindical marcou os últimos dias no Sindicato dos Trabalhadores e Empresas de Transporte Especial, Turismo e Afins do Estado do Amazonas (Sindespecial) na manhã desta quarta-feira (16). A confusão teve início após a Justiça suspender, a pedido de uma chapa opositora, uma reunião convocada por membros da atual direção.
Segundo Josildo Oliveira, a decisão judicial foi baseada em uma falsa alegação de que ele estaria promovendo uma assembleia para garantir seus direitos, quando já possui decisões favoráveis da Justiça que asseguram sua permanência na direção sindical.
“A outra chapa foi na Justiça mentir, dizendo que a gente estava organizando uma assembleia. Mas não precisava de assembleia nenhuma, a Justiça já me garantiu o direito. Eles são um bando de fanfarrões que tentam enganar a categoria e até a Juíza”, afirmou Josildo, garantindo que irá recorrer da decisão.

A reunião na sede do Sindespecial em questão foi organizada com trabalhadores do transporte especial e com um grupo de mulheres, que tem atuado de forma ativa na campanha da Chapa 1. Uma das participantes, Sheila, relatou que foi demitida após se recusar a tirar uma foto segurando material de campanha da Chapa 2, encabeçada por Gabriel Enoch e William Enoch. “Eu fui demitida por não me submeter a essa pressão política”, denunciou.
Sheila também criticou as condições precárias enfrentadas pelas mulheres que atuam no sistema de transporte escolar, especialmente em áreas afastadas e sem estrutura básica. “A gente dorme dentro do ônibus, sem banheiro, no calor de Manaus. E ainda querem nos calar com uma cesta básica de R$ 25 em 15 anos? Isso é uma vergonha”, afirmou.
Mais cedo, uma confusão se formou na frente do sindicato, quando os ânimos dos dois grupos de trabalhadores opostos sem encontraram. Um homem chegou a gesticular em direção a Josildo, mas em seguida, a situação voltou a se acalmar.
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