Amazonino é lembrado em audiência sobre taxa de esgoto; ‘Deus o tenha no céu ou no inferno’

Manaus (AM) – Durante a audiência pública na Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta segunda-feira (31), sobre a cobrança da tarifa de esgoto em Manaus pela concessionária Água de Manaus, o morador do bairro São Francisco, Humberto Alencar, afirmou que a empresa está cobrando a taxa de moradores do bairro Raiz que não são beneficiados com o serviço de coleta de esgoto e relembrou que o serviço foi privatizado quando Amazonino Mendes era prefeito de Manaus.

“Lá no bairro da Raiz não está nem 50% a ETE [Estação de Tratamento de Esgoto] concluída. A previsão é para 2027 ou 2028 e nós, moradores, já estamos pagando essa taxa. Será se quando aqui, a plenária, na época lá do prefeito, que Deus o tenha no céu ou lá no inferno, Amazonino Mendes. Ele se colocou como representante do povo e nos deu esse presente de grego, quando ele privatizou a Cosama, nós recebemos agora o prêmio, do atual prefeito, o aumento da tarifa de 42%”, disse o representante do bairro.

A empresa pública de serviços de água e esgoto foi vendida no ano 2000, por valores abaixo de mercado, para uma empresa francesa, quando Amazonino Mendes era governador do Amazonas.

Ainda durante a audiência, a Águas de Manaus e a Agência Reguladora e Fiscalizadora de Serviços Públicos Delegados de Manaus (Agemam) foram questionadas se existe todas as quatro etapas de coleta de esgoto na cidade – coleta, transporte, tratamento e destinação final. A audiência pública foi solicitada pelo vereador José Ricardo (PT), que tem criticado o aumento de quase 80% da taxa.

Participaram da audiência, Elson Andrade, presidente da Agência Reguladora e Fiscalizadora de Serviços Públicos Delegados de Manaus (Agemam), Pedro Augusto de Freitas, diretor-presidente da concessionária Águas de Manaus, representante do Ministério Público do Amazonas, promotor Lincoln Alencar de Queiroz, representando o Fórum das Águas do Amazonas, padre Sandoval Rocha, Ordem dos Advogados do Brasil-Amazonas, advogado Reginaldo Souza de Oliveira, superintendente da Unidade Gestora de Projetos de Abastecimento de Água (UGPM-Água), Will Robson Fontes Goiabeira e representantes de bairros da capital.